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21 julho 2025

O Eco De Um Nome


Eu escuto a maré baixar, o lamento das conchas vazias
O eco de um nome que o mar repete em silêncio
Até que a lua desenhe um caminho de prata
E eu me perca, serena, nesse abraço sem fim
As ondas se retiram devagar, deixando rastros de sal e saudade
Cada recuo é um verso esquecido, escrito na areia pela madrugada
O vento carrega o som das conchas, sussurros que se dissolvem no ar
Como memórias que a maré levou, mas o coração insiste em guardar
A noite estende seu manto escuro, e a lua, fiandeira de sonhos
Tece fios de luz sobre as águas, convite para navegar sem rumo
E eu sigo, sem medo nem pressa, pelas veredas que o mar desvenda
Até que o horizonte me absorva, e eu seja apenas espuma e lenda

23 maio 2025

Afastamento

Há cortes que sangram sem aviso, feridas abertas no escuro
Mas o tempo é um rio que lava e ensina a cicatriz
Alguns passos são silêncios, portas que se fecham sem rumor
E o eco do adeus é mais leve que o peso da despedida
Nem todos merecem o mapa dos teus segredos
Nem toda mão que se estende sabe segurar o teu nome
A confiança é um jardim, floresce para poucos
E morre para muitos...
Há quem leve teus pedaços como se fossem migalhas
Mas a tua luz não é farol para barcos perdidos
No fim, os afastamentos são lições disfarçadas de dor
Mostram-nos que alguns corações são casas sem chave
E assim, na dor do desencontro, aprendemos a escolher
As mãos que seguramos os olhos que encontramos