Não crie expectativa no passar das horas
Nas vozes vazias que dançam ao vento
Nem espere o brilho sincero
O mundo, esse palco de ilusões sem fim
Onde os sonhos se entrelaçam em velhos fios
Caminhe solene, firme na sua luz
Cada passo um eco do que você é
E não se deixe abalar por rostos conhecidos
Por promessas feitas com lábios de seda
Que se desvanecem ao toque da manhã
As garras do tempo não têm compaixão
E as mãos que aplaudem muitas vezes são frias
Desprovidas de amor, de calor e de abrigo
Entre sombras e ruelas, onde se escondem
A verdade crua, pronta para derrubar
Olhe dentro de si, onde reside a força
Na essência que brilha, como estrela distante
Siga a melodia que pulsa em seu peito
Pois os outros são ecos, não mais que reflexos
Vislumbres fugazes de um sonho alheio
Confie em suas crenças, no poder dos seus passos
Na dança sagrada que só você pode criar
A vida é uma tela, pinte-a com coragem
Deixe que os ventos soprem e levem as dúvidas
E que as luzes revelem seu destino
Minha querida amiga Lúcia,
ResponderExcluirEste teu poema é a flecha e o alvo concomitantemente. Creio ser um dos melhores que li até hoje.
Os lábios de seda perdem-se nas “traças” das palavras vazias e o público que nos aplaude é o mesmo que se levanta, sai e deixa a nossa casa vazia.
Beijos e tenha uma semana cheia de novas inspirações!!!