Olhando o mar, as ondas se levantarem e sobre as pedras se quebrarem. Com meus ouvidos atentos escuto o som das águas, que compõe a melodia do mar. De uma beleza onde a natureza da o espetáculo de grandiosa beleza...
Olhando o mar, sonho sem ter de quê.
Nada no mar, salvo o ser mar, se vê.
Mas de se nada ver quanto a alma sonha!
De que me servem a verdade e a fé?
Ver claro! Quantos, que fatais erramos,
Em ruas ou em estradas ou sob ramos,
Temos esta certeza e sempre e em tudo
Sonhamos e sonhamos e sonhamos.
As árvores longínquas da floresta
Parecem, por longínquas, estar em festa.
Quanto acontece porque se não vê!
Mas do que há pouco ou não há o mesmo resta.
Se tive amores? Já não sei se os tive.
Quem ontem fui já hoje em mim não vive.
Bebe, que tudo é líquido e embriaga,
E a vida morre enquanto o ser revive.
Colhes rosas? Que colhes, se hão-de ser
Motivos coloridos de morrer?
Mas colhe rosas. Porque não colhê-las
Se te agrada e tudo é deixar de o haver?
(Fernando Pessoa)
Fernando Pessoa foi um homem apaixonado embora ninguem saiba se ele amou alguma mulher ou algum homem, muito bom o poema dele, e a imagem é muito boa, uma excelente segunda para ti, bjs
ResponderExcluirBoa noite anônimo, rsrsrs...Vai saber né? Mas é bem provável que tenha sido por 1 mulher...Gosto muito dos poemas dele, como estava ocupada fazendo algo a 1 pessoa especial, resolvi colocar esse poema. Excelente final de segunda pra ti tb. Beijão.
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