Ironia dourada, máscara brilha, mas esconde o vazio dentro.
Com palavras afiadas, como lâminas cortantes
Ele veste sua ironia como um manto dourado
Sabe tudo, e o mundo parece ser
Só um palco onde ele é o ator aplaudido e adorado.
Mas quem são os outros, se não sombras?
Figuras que dançam ao seu redor
Só para confirmar suas ideias vagas
Sendo o espelho de um ego maior.
Os olhos brilham, o sorriso é ácido
Cada frase, um veneno disfarçado
O seu saber parece infalível
Mas por trás do riso, há o vazio, escondido.
A ironia é sua armadura, sua defesa
Um escudo contra a fragilidade que ele teme
Mas em cada piada, ele se perde e se enclausura
Não percebe que na falta de conexão, ele se dissolve, ele se queima.
E no fim, quem é o irônico?
Aquele que “entende tudo”
Ou o que não consegue ver que a vida
Não é uma piada pronta, mas um caminho profundo?