17 março 2012

Saudade

Hoje me passou um pequeno filme da minha vida quando menina. Pude ver com nitidez a minha imagem no quintal de casa, rodando o meu pneu velho, fazendo manobras, subindo, descendo rampas, estacionando. 
Depois eu sentada no canteiro em formato “L” cavando a terra recolhendo tatuzinhos e colocando dentro de um vidro para depois brincar com eles. Eu achava tão bonitinho eles andando e a um toque eles viravam bolinhas. 
Tempos bons, tempo de sonhos, tempo em que um pneu velho e os tatuzinhos eram meus amigos de todas as tardes e começo de noite. 
Cresci, conheci o mundo lá fora onde me diziam que existiam amigos (as) foi onde eu me deparei com a decepção. Quis voltar àqueles amigos de minha infância e não pude. 
Saudades dos meus amigos, saudades do meu pneu e dos meus tatuzinhos...


Saudade eterna que não volta jamais 
Saudade de mim, das tardes eternas 
Em que passei junto com vocês 
Lembro-me das tardes de sol 
Recordo os momentos felizes 
De quando estávamos juntos 
Recordações eternas 
Guardadas em meu peito 
Que jamais serão apagadas 
Apesar do tempo que não volta 
O velho pneu já não existe mais 
Os meus tatuzinhos também se foram 
Sobrou apenas uma criança 
Da qual eu olho e vejo o sorriso 
A criança que mora em mim...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEJA BEM VINDO!
Palavras são agradáveis à minha alma. Escritas lindamente, tocarão meu coração